domingo, 25 de maio de 2014

O m-a-l-d-i-t-o ciclo do amor!

Eis que aparece uma pessoa, e com magia negra te prende nos olhos dela.
Você olha para as pessoas a sua volta, e tudo que vê são rostos iguais, de pessoas normais. Ninguém que de certa forma chame sua atenção.
Tudo que seus olhos querem ver, é o rosto dela. E seus ouvidos, a mesma coisa, estão desesperados pela voz dela. O seu nariz espera pelo cheiro, suas mãos pela maciez da pele, e seu coração pede apenas a proximidade.
Proximidade, que quando vem, faz todos os sentidos ficarem loucos, o coração bate ferozmente em um ritmo desconhecido.
Parece que você se tornou novamente um bebezinho, que não sabe falar, não sabe andar, não sabe fazer nada.
Com o tempo, você volta a agir "normalmente", os sentidos voltam a funcionar normalmente. Só o coração, que sempre quando está na espera dela, nunca para com os batimentos todos desorientados e acelerados.
Quando os batimentos voltam a agir normalmente na espera dela, é porque algo está errado, talvez o amor até tenha acabado. Pelo menos comigo, todas as vezes que esperei alguém que eu amava, o coração tava lá, batendo loucamente.
Talvez essa seja a melhor forma de se medir a intensidade do amor: o jeito que o coração bate, quando você está esperando por ela, esperando no ponto de ônibus, ou na frente de casa, ou na frente do shopping, não importa o lugar, e nem se é você que está esperando ou ela, importa é que quando ela entra no seu campo de visão, o coração não aja normalmente.

A coisa mais linda do amor, é a reciprocidade.

Mas no ciclo do amor, pode ser que ela (reciprocidade) não esteja presente no começo. No meio, provavelmente ela vai estar, e no fim, com certeza não.

Quando uma pessoa começa a amar a outra, é difícil a outra começar amar ela no mesmo tempo, ou ela já amava antes, ou vai começar a amar depois, ao mesmo tempo não dá.

E o ciclo do amor é uma coisa triste, ele se encarrega de fazer com que o amor de uma das pessoas acabe, primeiro.

Destruindo completamente a pessoa que ainda carrega o amor no peito, quebrando ela em mil pedacinhos, triturando os ossos, moendo a carne. Reduzindo a pessoa a pó, ou muito menos que isso. Há um certo exagero nas palavras, mas quem sente que a pessoa amada deixou de amá-la, se sente assim.

Quando o amor começa, é como se fosse um jardim no ápice da primavera. Quando ele termina, é como as queimadas nas matas.

Quando ele começa, ele é tudo de mais lindo que existe, quando acaba, o que de mais horrível existe ainda é pouco pra descrever.

Pobre daquelas pessoas que o amor nunca acaba, que ele sempre permanece lá, guardado no coração, junto com toda a dor de saber que o amor da outra pessoa acabou.

E o pior disso tudo, é sempre deixar de acreditar no amor das pessoas, meio que se protegendo para nunca mais sentir tal dor. E assim, impedindo que qualquer pessoa consiga te montar de novo, colar cada caco, fazer as feridas se tornarem cicatrizes.

Não ser amado é ruim, mas ter medo de acreditar no amor das pessoas por você, é sempre pior.

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